Amar, como Jesus nos amou!

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Em seus últimos momentos, Jesus dirigiu aos seus discípulos um novo mandamento: que estes amassem o próximo, assim como Ele os amou!

"Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros".
(João 13.34-35)

Um pouco antes, Jesus havia reforçado o princípio de que os dois principais mandamentos eram: Amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a si mesmo, sendo a segunda parte deste principio muito semelhante ao "novo mandamento" que Ele mencionava.

Por que Ele dizia algo semelhante, porém afirmando ser um novo mandamento?

Na verdade, essa pequena mudança que Jesus realiza na estrutura do mandamento, altera drasticamente o propósito do princípio.

Anteriormente, cada pessoa era parâmetro para o mandamento. Certamente, amar os outros como a si mesmo já é um exercício que traz consigo dificuldades, mas sempre é limitado por aquilo que estamos dispostos a fazer para o nosso próprio bem.

Mas Jesus nos orienta a ir além, quando estabelece que devemos amar o próximo como Ele nos amou.

Jesus torna-se o modelo de amor a ser seguido e como o amor dele pode ser definido?

Jesus amou os seus até o fim!

"Um pouco antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que havia chegado o tempo em que deixaria este mundo e iria para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim."
(João 13.1)

Podemos compreender esse "amar até o fim" por duas óticas diferentes: amou até o fim extensivamente, por toda a sua vida de 33 anos ou por todo o seu ministério de 3 anos e isso é uma verdade; como existe também uma perspectiva intensiva: Jesus amou até o fim, entregando toda a sua vida por conta deste amor, assumindo as últimas consequências para promover aos Seus um novo caminho, um amor chamado de ágape, "sacrificial".

Quando olhamos pela ótica do novo mandamento de Jesus, o nosso amor pelo próximo é elevado a uma nova perspectiva, onde a demanda do outro ganha mais importância que a minha.

E o Senhor fala que seremos reconhecidos como seus discípulos ao amarmos desse modo, pois um amor como esse não pode ser confundido!

Que Deus nos dê misericórdia para alcançar esta estatura de amor que Ele deseja para nós.

Sobre a Corrupção

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Corrupção é ação ou efeito de se corromper; um desvirtuamento de hábitos e aceitação de uma condição que não segue padrão adequado.

Deus, através de Sua Palavra, é extremamente claro ao se opor à corrupção por diversas vezes.

Vários profetas de Israel foram usados pelo Senhor para profetizar a respeito da falência de valores dos seus governantes.
O profeta Miquéias chama os governantes de sua época de 'perturbadores', por conta da corrupção:

“Pereceu da terra o homem piedoso, e não há entre os homens um que seja reto. Todos armam ciladas para sangue; cada um caça a seu irmão com uma rede. As suas mãos fazem diligentemente o mal; o príncipe exige condenação, o juiz aceita suborno, e o grande fala da corrupção da sua alma, e assim todos eles são perturbadores” (Miquéias 7.2-3).

O profeta Isaías acusa os príncipes do povo e os nomeia como 'companheiros de ladrões':

“Os teus príncipes são rebeldes, companheiros de ladrões; cada um deles ama o suborno, e corre atrás de presentes. Não fazem justiça ao órfão, e não chega perante eles a causa das viúvas” (Isaías 1.23)

A corrupção é algo tão abominável aos olhos de Deus que Ele usa esse mesmo profeta para trazer uma palavra de juízo aos governantes do povo. O Senhor trará julgamento aos líderes da nação que decidiram trilhar caminhos de impiedade:

“Que farão vocês no dia do castigo, quando a destruição vier de um lugar distante? Atrás de quem vocês correrão em busca de ajuda? Onde deixarão todas as suas riquezas? Nada poderão fazer, a não ser encolher-se entre os prisioneiros ou cair entre os mortos. Apesar disso tudo, a ira divina não se desviou; sua mão continua erguida.” (Isaías 10.3-4)

Porém, a degeneração de valores não está apenas associada aos governantes!
O fato de haver um governante corrupto geralmente está atrelado à existência de uma sociedade corrompida, que apóia esse tipo de comportamento.

A Bíblia também se opõe claramente ao tipo de corrupção que brota dentro da sociedade e que muitas vezes, é aceita com maior naturalidade.
O suborno para obter favorecimentos e a agiotagem são condenadas por Deus através da boca do profeta Ezequiel:

“No meio de ti aceitam-se subornos para se derramar sangue; recebes usura e lucros ilícitos, e usas de avareza com o teu próximo, oprimindo-o. E de mim te esqueceste, diz o Senhor Deus. Eu certamente baterei as mãos contra o lucro desonesto que ganhastes...”  (Ezequiel 22.12-13)

A falta de comportamento idôneo nos negócios é abominada pelo Senhor:

“Dois pesos e duas medidas; pesos adulterados e medidas falsificadas são desonestidades abomináveis ao SENHOR.” (Provérbios 20.10 )

Diante disso, precisamos refletir com mais atenção sobre os nossos julgamentos a respeito da corrupção!

Será que ao apontar o dedo para as autoridades do país, não estamos julgando também as nossas próprias posturas que promovem a deterioração dos valores da nação?

O que Deus espera de nós?
Que ajamos com justiça, segundo os valores do Reino!

Enquanto batizava, João Batista recebeu certas pessoas que perguntaram como deveriam se comportar de maneira prática, segundo os valores do novo Reino que haveria de vir.
João Batista disse o seguinte:

"Chegaram também uns cobradores de impostos, para serem batizados, e lhe perguntaram: Mestre, que devemos fazer? Respondeu-lhes: Não peçais mais do que o que vos está ordenado. Então uns soldados o interrogaram: E nós, o que faremos? Ele lhes disse: A ninguém trateis mal, não deis denúncia falsa, e contentai-vos com o vosso soldo”. (Lucas 3.12-14)

Como filhos de Deus, temos que ser exemplo em meio à nação! Justificados e renascidos para uma nova vida com Cristo, somos chamados a andar como Ele andou, segundo os valores do Seu Reino, em uma justiça prática, um viver em retidão!
O apóstolo Paulo nos fala que um dos valores mais destacados do Reino de Deus é a justiça!

“Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.” (Romanos 14.17)

Para aqueles que vivem buscando a prática dessa justiça, existe uma promessa de suprimento da parte de Deus:

“O que anda em justiça, e o que fala com retidão, que arremessa para longe de si o ganho de opressões, e que sacode das suas mãos todo suborno, que tapa os seus ouvidos para não ouvir falar de sangue, e fecha os olhos para não ver o mal; este habitará nas alturas, e as fortalezas das rochas serão o seu alto refúgio. O seu pão lhe será dado, e as suas águas serão certas”. (Isaías 33.15-16)

O apóstolo Paulo aconselha Timóteo a orar por todos os governantes e os que exercem autoridade. Ele sabia da pressão existente sobre esses homens e mulheres que detém nas mãos o poder de tomar importantes decisões que influenciam toda uma sociedade.

"Antes de tudo, recomendo que se façam súplicas, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens; pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranqüila e pacífica, com toda a piedade e dignidade. Isso é bom e agradável perante Deus, nosso Salvador, que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade" (1 Timóteo 2.1-4).

Por isso, devemos orar pedindo a conversão verdadeira dos governantes; que Deus conceda a eles sabedoria para governar; que eles sejam instrumentos de Deus para trazer justiça e liberdade ao povo e até mesmo orar pedindo a saída de governantes corruptos, tendo a liberdade de exercer os direitos democráticos adequados para retirá-los do poder.

Inclusive, podemos utilizar as vias democráticas para exigir maior justiça dos nossos governantes na administração dos recursos e na tomada de decisões.O cristão deve ser participante ativo das discussões políticas de sua nação!

A corrupção é algo abominável a Deus e contamina toda a sociedade, desde os governantes até o povo.
Mais do que críticos da nação, que sejamos instrumentos de Deus para viver de acordo com os valores de Seu Reino e trazer ao nosso povo o brilho do Sol da Justiça, gerando transformação em meio à sociedade.

Para cada Momento, uma Postura!

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"Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém contente? Cante louvores.
Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor;
E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.
Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos."

Tiago 5.13-16

Tiago, irmão do Senhor, compartilha uma verdade que precisa ser observada em nossa rotina: cada momento da vida, exige uma postura diante de Deus.

O aflito ore e derrame as suas súplicas e preocupações diante de Deus e este concederá refrigério; o alegre louve e expresse a bondade do Senhor generosamente a todos ao seu redor; o doente receba oração de alguém forte na fé e apoio no seu momento de luta; o pecador confesse os seus pecados a Deus para ser perdoado e aos homens para se livrar do peso da culpa.

É interessante ver essa variedade de condutas que o Senhor nos aponta, pois isso demonstra que Ele não é um Deus inflexível, que tem prazer em sacrifícios e exige performance de seus servos, mesmo que estes estejam a vivenciar momentos que não condizem com suas ações; pelo contrário, o nosso Deus tem interesse no ser humano e naquilo que passa no âmago do nosso interior!

Por isso, diante dEle, não há a necessidade de máscaras! Podemos nos colocar diante da Sua presença com dor, choro e doença; enfrentando fraqueza física e até falta de fé.

Quando nos expomos à Sua maravilhosa ação, mesmo carregando toda sorte de mazelas, não sairemos do mesmo modo que entramos!

O Senhor quer relacionar-se conosco e assim promover cura, alívio, fortalecimento, perdão e restauração! Mais do que isso, quer usar o relacionamento que temos uns com os outros, como igreja de Cristo, para edificar o nosso ser!

Se, em humildade, seguirmos os conselhos de Tiago, veremos a graça e o poder de Deus operando eficazmente nas nossas vidas e no meio da igreja!

O Poder do Desprendimento

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Mateus 20

Jerusalém era um cenário de dúvida para os discípulos. Apesar das palavras de Jesus narrando o sofrimento que passaria na cidade, estes não entendiam corretamente o que ocorreria, a ponto da mãe de Tiago e João pedir a Jesus que seus filhos sentassem à Sua direita e esquerda em um futuro reino a ser estabelecido por ali (v.21).

Na verdade, esse pedido reflete bem qual era o raciocínio dos discípulos: Jerusalém seria o lugar da exaltação plena, da coroação do Rei e estabelecimento do Reino.
Por isso, valia o esforço ser ousado e pedir para ocupar posições de honra e autoridade. Afinal, era o momento oportuno!
Os outros apóstolos ficaram indignados com o pedido (v.24); provavelmente, não porque discernissem o que de fato ocorreria, mas por objetivarem o mesmo lugar pedido por Tiago e João!

Diante deste pedido, Jesus traz à tona a grande lição:  nesta terra, realmente existem governantes e eles têm autoridade sobre as outras pessoas, mas no reino de Deus, o maior é servo, a ponto do Filho do Homem ser aquele que deu a vida no lugar de todos (v.25-28).

Ou seja, Jerusalém, ao invés de ser o local da coroação final é, na verdade, o cenário da doação total!
O Reino de Deus não trata-se de posições e poder, mas de humildade e doação!

Jesus exalta nessa passagem o "poder do desprendimento".

Ele usa o cenário das posições (maior e menor) para trazer à tona o conceito do Seu Reino, que envolve doação e entrega.
Entenda: Não há nada mais duro para alguém que utiliza o linguajar do poder do que ouvir sobre a necessidade de doação e entrega, a ponto de enfrentar humilhação.

Dessa forma, Jesus quebra em seus discípulos esse raciocínio fincado em posição e títulos, com o objetivo de construir uma visão mais horizontal, a ponto de Cristo ser irmão de todos os novos filhos da família de Deus.

As palavras de Jesus em Mateus 20.27 ("E, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo") não tem a intenção de demonstrar uma receita para alcançar posições de autoridade no Reino; pelo contrário, Ele quer quebrar esse conceito hierárquico em nossas vidas, pois a grande verdade é que aqueles que amam o poder nunca irão se submeter ao "caminho" proposto por Deus para alcançá-lo em Seu Reino!

Cristo nos chama a uma vida de submissão e doação em amor, primeiramente a Ele e do mesmo modo, aos irmãos!
No Reino de Deus, a lição é que o poder reside no desprendimento e humildade!

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