Invulnerável?

O ser humano dos tempos modernos e talvez durante toda a história humana, tem a tendência de buscar a invulnerabilidade.
Esse é um dos grandes desafios que as pessoas, até mesmo inconscientemente, tentam alcançar: a capacidade de não se abater com as mazelas ao redor e com aquilo que as afeta diretamente, o nível de autossuficiência que leva a uma boa vida sem a necessidade de ninguém mais, a não ser de si mesmo.

O simples exercício de tentar ser invulnerável nos leva a desenvolver um estilo de vida individualista, onde buscamos em primeiro lugar os nossos interesses, mesmo que seja necessário sacrificar outros para alcançá-los; permitimos que raízes de orgulho se finquem em nosso coração, orgulho esse que nos impede de sermos repreendidos pelo nosso irmão e nos atrapalha de crescermos, pois não podemos de modo algum sacrificar o status quo já conquistado; cultiva o desamor, a impossibilidade de amar, pois o amor nos leva a abaixar a guarda do nosso eu para que outros possam entrar e isso é totalmente contra os “princípios da invulnerabilidade”. Os relacionamentos do candidato a invulnerável só conseguem ser estabelecidos dentro de um contexto de troca e extrema superficialidade.

No entanto, aprendemos com a vida que é impossível alcançar tal estágio. Através dos esforços que fazemos, só conseguimos mascarar a nossa vulnerabilidade.

Quando consultamos a Bíblia, e em especial, a história de Jesus, vemos um homem que através de suas atitudes, pregou algo diferente daquilo que buscamos hoje.
Jesus decidiu ser vulnerável e o seu exemplo nos indica o caminho que devemos seguir:

"De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens,e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. " (Filipenses 2.5-8)
Jesus, mesmo sendo filho de Deus, esvaziou-se da sua posição de honra para estar conosco, nos ensinar e morrer em nosso lugar, pagando o preço dos nossos pecados.

Enquanto esteve conosco, o Senhor serviu a todos que dele precisaram e mais do que isso, Jesus amou. Vemos o seu amor descrito nas páginas dos Evangelhos e espelhado na íntima compaixão pelos necessitados, nos seus relacionamentos com aqueles que andaram ao seu lado e revelado da maneira mais sublime no sacrifício da cruz.

A vida que Jesus Cristo propõe nos leva a assumir que somos vulneráveis e então, nos abrirmos para servir e amar aqueles que estão ao nosso redor, assim como Ele mesmo fez.

Não é possível amar e servir o próximo de dentro das fortalezas do individualismo, desamor e orgulho que a invulnerabilidade tende a construir.

Precisamos desmontar as muralhas que nos cercam e nos abrir para o amor e serviço. É certo que enfrentaremos decepções e tribulações, mas o Senhor utilizará isso para moldar o nosso caráter a fim de nos fazer mais semelhantes a Ele.

Aprenda a escolher o caminho da vulnerabilidade e seja, a cada dia, mais parecido com Jesus!

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